A concessão do título de Utilidade Pública ao Grupo  Laço Azul, que apoia famílias com autistas, abre novos horizontes dando a possibilidade à instituição de solicitar inscrição no Conselho de Assistência Social e no Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente e ainda de participar de editais para captar recursos. É o que afirma a membro e tesoureira do Laço Azul, Mariangela Camargo, acrescentando que será mais uma etapa conquistada na vida da ONG. O projeto de concessão do título é de autoria do vereador Franco Cartafina (PHS), que tem uma história de atuação em prol do grupo, e será votado na primeira reunião ordinária da Câmara Municipal, no início do mês de outubro de 2018.
É de autoria de Franco, também, o projeto que criou o Dia Municipal de Conscientização do Autismo em Uberaba, na mesma data do Dia Mundial, em 2 de abril. Para o grupo, o fato de a data ter sido colocada no calendário da cidade abre espaço para o debate sobre o assunto, e para sensibilizar autoridades para a solução de demandas essenciais. Segundo estatística realizada nos Estados Unidos há um caso para cada 68 habitantes. Segundo as líderes do Grupo, Luiza e Carla Coelho, esse número poderá aumentar significativamente até 2025.
Franco Cartafina lembra que o autismo, distúrbio neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não-verbal e comportamento restrito e repetitivo, ainda é um tema desconhecido da maioria da população, sendo que estudos recentes mostram um aumento de pessoas com o problema na sociedade. Segundo o parlamentar, muitas mães carentes, que se depararam com situações delicadas dentro das áreas da saúde e da educação, já receberam do Grupo o apoio que deveriam receber do poder público. “Esse projeto tem o objetivo de chamar à responsabilidade os governantes e que Uberaba seja exemplo para outros municípios, no que diz respeito à conscientização ao autismo”, enfatiza.
Para complementar as ações visando a apoiar os autistas, projeto de Franco Cartafina alterou a Lei 5.433/94 que, trata do atendimento preferencial de gestantes, mães com crianças no colo, idosos maiores de 60 e deficientes em estabelecimentos comerciais, de serviço e similares.  O texto prevê que além dos beneficiários já mencionados na lei, também sejam contempladas pessoas com TEA-Transtorno do Espectro Autista, e os respectivos acompanhantes. O vereador ressalta que se dedica a levantar discussões sobre o tema, devido ao aumento de pessoas autistas na sociedade, foi aprovado recentemente. Ele tem a expectativa que seja modificada para melhor a forma com que os autistas são tratados juntos aos órgãos públicos, principalmente nas áreas da saúde e educação. Ele argumentou, ainda, que apenas quem conhece a vida de um autista, sabe da importância de realizar uma avaliação quando a criança demonstra sintomas do problema. “Fico feliz de levantar esta bandeira e, através do Legislativo, promover melhorias públicas. Esta é uma situação que já aconteceu em outros municípios”, frisou. Agradeceu aos demais vereadores por terem apoiado a iniciativa.